Segundo o Denatran, em Abril deste ano, o Brasil possuía cerca de 88 milhões de veículos emplacados. Sua grande maioria, 55%, é de automóveis e 22% são motocicletas, seguidos por 7,24% de caminhonetes. Poderíamos estimar em torno de 200 milhões de pneus em circulação apenas nessas modalidades de veículos.
Você já se perguntou para onde vão todos esses pneus quando não podem mais ser utilizados? Essa preocupação, além de saber como os pneus foram produzidos, todos nós deveríamos ter ao comprar um pneu de determinada revenda.
Saber a procedência e também o destino do pneu nos torna consumidores conscientes, mas os fabricantes devem fazer sua parte. A criação de pneus com maior vida útil, assim como uma política eficiente de reutilização aumentam a confiança no fabricante em questão e produz uma solução eficaz a favor do meio ambiente.
O esforço das principais marcas mundiais na produção de pneus sustentáveis
Uma das empresas que se preocupa com isso é a Pirelli. Dadas as terríveis condições das estradas brasileiras, os avanços tecnológicos têm melhorado a carcaça dos pneus fazendo com que eles tenham mais vida útil ao rodar em terrenos acidentados. Esse aumento da resistência da carcaça em conjunto com reforços nas bandas de rodagem melhoram as resistências ao impacto e à abrasão.
A Goodyear também tem manejado esforços na criação de pneus sustentáveis. Em seu último conceito, ela apresentou um pneu que produz energia elétrica com o rolamento. Essa energia é direcionada às baterias de íons de lítio instaladas nos powertrains de modelos híbridos, tornando esses modelos ainda mais sustentáveis ecologicamente.
Outro conceito apresentado pela Goodyear no último Salão de Genebra foi o chamado Tripple Tube. Esse pneu conta com três câmaras que se esvaziam e inflam de acordo com o terreno, melhorando o grip. A inovação aqui é devido à sua produção, que é feita de sílica derivada de cinzas de casca de arroz. A parte ruim é que a Goodyear já afirmou que não produzirá esses dois conceitos.
Já a Michelin afirma que 97% de seus pneus em fim de vida aqui no Brasil são recuperados de alguma forma. Entre essas maneiras estão a utilização desses pneus como fonte de energia ou como matéria bruta para produção de enchimentos, estradas, quadras de esporte, playgrounds e paredes à prova de som.
A Bridgestone em 2012, já havia produzido um pneu que segundo eles é 100% sustentável. A principal alteração é o material escolhido, a borracha natural e fibras de plantas, que tornam desnecessária a polimerização de produtos de petróleo.
Dessa forma, parece que as fabricantes são os heróis da história, mas temos que lembrar que existem leis no país que as obrigam a dar uma destinação final aos pneus inservíveis (Resolução do CONAMA de 1999). Além disso, os consumidores finais, distribuidores, revendedores e reformadores são corresponsáveis pela coleta dos pneus usados.
Neste artigo da Associação Brasileira de Polímeros você pode se informar mais sobre a logística reversa, a vida útil dos pneus e quais as obrigações das importadoras.
Faça sua parte ficando de olho no que acontece com seus pneus depois de trocá-los.
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