Pode-se dizer que o motor de um carro é sua peça vital, mas você já parou para pensar que é com o volante que você se relaciona mais de perto a cada quilômetro rodado? Não tem nada mais irritante do que um volante suado, descascado ou esfarelando. Conheça aqui os cuidados necessários para evitar o desgaste da peça no dia a dia e, se o seu volante já está desgastado, confira maneiras de renová-lo.
Por que há o desgaste de volante?
Um desgaste começa com a perda da cor original, vai para o descascamento, e pode até atingir o ponto de esfarelamento, que é perda total do componente. Esse problema costuma ocorrer também com a manopla de câmbio de forma simultânea, já que ambos são constituídos do mesmo material e passam pelo mesmo processo de contato direto com as mãos.
Lembramos que os volantes podem ser revestidos de polipropileno ou PVC, incluindo couros sintéticos como o courvin, ou então de couro natural. Os volantes comuns, à base de plástico, acabam sendo mais vulneráveis do que os de couro natural, mas os dois tipos começam o desgaste da mesma forma: o suor das mãos por conter ácido úrico e estar em contato constante.
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Mas atenção. Esse problema cresce ao serem usados silicones na tentativa de manter o volante com boa aparência. Como o silicone, normalmente, contém álcool em sua composição, ao entrar em contato com o suor, acaba gerando microtrincas na peça, que podem até chegar ao ponto de esfarelamento do componente.
Saiba que existem emulsões de silicone que não contêm álcool, e essas estão liberadas para o uso, já que não reagem ao suor. O mais simples, porém, é utilizar um pano úmido para limpeza e, quando necessário, acrescentar detergente ou sabão neutro. Outra saída é utilizar capa protetora. Com relação aos volantes revestidos de couro natural, existem produtos hidratantes específicos. Nem pense em usar outros. Os grandes atrativos dos volantes revestidos de couro são a estética e a resistência. Esse revestimento, no entanto, com o passar do tempo, acaba ficando mais ‘feio’ do que os dos volantes comuns.
Antes de pensar em trocar a peça, caso o desgaste ainda não seja tão sério, leve em consideração a utilização de renovadores ou restauradores. Em 90 minutos você pode ter um volante totalmente revitalizado. São 60 minutos para a aplicação e mais 30 para a secagem.
Por serem a maioria no mercado, os volantes revestidos de polipropileno, PVC ou courvin contam com diversos tipos de renovadores para enfrentar desgaste do dia a dia. São os chamados kits de renovação de volantes que, além do renovador, incluem aplicador, lixa e luvas. (É aconselhável também usar um avental, quando você for fazer a aplicação). Os renovadores disponíveis no mercado podem custar apenas 10% do valor de um volante novo, cujo preço pode atingir R$300,00 – sem falar no custo da mão de obra para a instalação.
Esfarelamento
A questão do esfarelamento merece um pouco mais de atenção neste post. Nesse caso, quando você pensa que é somente desgaste, o problema pode ser mais sério do que suor misturado ao álcool do silicone. Na verdade, pode ser um problema de fábrica por conta da substituição da composição do volante por uma substância que não agride a camada de ozônio.
O problema de esfarelamento prematuro do volante esteve muito vinculado aos veículos da Fiat, levando a montadora a ter que trocar os componentes em garantia durante muito tempo, em especial de veículos Uno e Palio, fabricados até abril de 2003. Assim, se você tem um carro dessa época e o volante estiver esfarelando, não hesite em procurar a montadora. Embora a garantia possa ter acabado, a Fiat, por exemplo, ainda pode atendê-lo, uma vez que se trata de um problema que ela própria já admitiu.
E então, mais seguro para cuidar do volante do carro? Compartilhe sua experiência conosco!