O motor flex mudou a sua maneira de abastecer o seu carro ou você não optou por ele? No início, a opção chegou como uma grande solução, já que, a partir de cálculos, as pessoas podiam escolher qual combustível usar e assim economizar.
Porém, com o passar do tempo e a situação mercadológica do etanol, as pessoas passaram a levantar os prós e contras da tecnologia. Isso porque os valores dos combustíveis estão mais próximos, a escolha, então, pode ser definida com base no desempenho. Conheça agora as vantagens e desvantagens dos carros flex.
História e vantagens do Flex
O motor Flex está no mercado desde o ano de 2003 e a possibilidade de economia e de escolha acabou fazendo com que ele se tornasse a principal opção dos brasileiros. Hoje, estima-se que 90% dos automóveis novos tenham essa tecnologia. Porém, as dúvidas dos usuários ainda prosseguem quanto ao uso e a mistura de álcool e gasolina.
Embora haja um boato de que os combustíveis não podem ser misturados, ou seja, você tem que deixar o tanque vazio para depois poder optar pela segunda opção, isso não é verdade. O ajuste é automático, pois o sistema de injeção consegue identificar a substância e ajustar os parâmetros. Afinal, a palavra Flex vem de “flexível”.
Como toda regra, há uma pequena exceção. Quando você deixa o veículo sem combustível e opta por abastecer com um diferente do que estava usando, é necessário rodar com o carro ligado por 10 minutos, pois, como a troca é completa, os sensores podem demorar a se acostumar com o novo combustível. Dessa maneira você não terá problema na próxima vez que for usar o veículo.
Economia é um problema?
Os primeiros consumidores que adquiriram os Flex notaram que ele consumia mais combustível do que o de motor comum. As montadoras justificaram isso afirmando que, quando foram criados, misturava-se menos etanol à gasolina e também que o número de equipamentos que os veículos continham era menor.
Se formos fazer um comparativo podemos notar a veracidade deste fato. O consumo de combustível aumentou. Antigamente havia modelos da Fiat, como o Palio 1.0 (apenas a gasolina), com um consumo de 13km/l na cidade e 17,2km/l na estrada. Com o flex, isso passou para 12,2km/l na cidade e 15,4km/l na estrada.
Com isso, pode-se concluir que mesmo os motores mais modernos “bebem” um pouco mais de combustível do que o motor comum e, dificilmente uma variação tão grande pode ser identificada como “culpa” dos novos equipamentos do veículo.
Outro ponto a ser pensado é que o etanol já não está tão mais barato do que a gasolina. Por isso, é preciso pensar e fazer contas, antes de optar por esse motor. Quando o valor do álcool for menor ou igual a 70% do valor da gasolina, ele torna-se mais econômico. Isso varia de acordo com as cidades.
O cálculo rápido para agilizar a sua escolha é multiplicar o valor da gasolina por 0,7. O resultado é o valor máximo que o etanol pode custar por litro para que ele seja vantajoso. De acordo com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) , a relação atual entre os dois combustíveis é de 65,26%, ou seja, hoje o álcool está mais vantajoso.
É válido lembrar que esse tipo de motor costuma ter mais potência com o uso do álcool, por causa da taxa de compressão dos carros: com a gasolina é de 9:1 (nove vezes o volume original), já o mesmo modelo de carro com o etanol é 12:1.
Você já teve um Flex? O que achou dele? Deixe o seu comentário!
Tive um Idea 0Km e posso dizer que fiquei muito decepcionado com o rendimento do motor e com os ruídos, já que a maioria dos motores flex fazem barulhos que lembram motores prestes a fundir (rajandos).
Troquei por um motor exclusivo a gasolina e posso dizer que é mais eficiente.
Numa me agradou a ideia de ter que equilibrar a mecânica dos motores para trabalharem com dois combustíveis. Defendo que o melhor e aumentar ao máximo a eficiência de cada tipo de motor. Inclusive, já assisti uma entrevista de um engenheiro de autos que dizia a mesma coisa, ele afirmava que se um motor flex rende 12KM/Litro, este mesmo motor poderia ser calibrado para render 17KM/Litro se mono combustível…
Acredito que o motor flex, na verdade, não passou de uma manobra política alavancada pelo lob das indústrias de álcool… já que nem os ambientalistas mais otimistas concordam que a produção em massa da mono cultura de cana de açúcar compensa o custo ambiental de um “combustível verde”, mas garantem que está na contra-mão da preservação do meio ambiente.