A partir de 1º de janeiro de 2016, todos os veículos novos- automóveis, motocicletas, ônibus, caminhões e reboques- passarão a adotar a nova placa de veículos dos países que integram o Mercosul: Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela. A decisão também vale para os que forem transferidos de município ou mudarem de categoria.
A oficialização foi anunciada pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) em dezembro de 2014 e vinha sendo estudada desde 2010. Na ocasião, o órgão informou que o valor da taxa referente ao emplacamento não será alterado em função da adoção do novo sistema. Essas taxas variam em cada um dos Estados e no Distrito Federal. No Estado de São Paulo, estão entre R$ 83,78 e R$ 168,15.
As novas placas serão em fundo branco com quatro letras e três números em ordem aleatória. Elas também terão uma margem azul superior onde o emblema do Mercosul estará à esquerda. O nome de cada um dos países ficará no centro da placa, com a respectiva bandeira nacional à direita.
450 milhões de combinações
O uso da combinação alfanumérica mista permitirá um total de 450 milhões de combinações diferentes, mais do que o dobro das combinações possíveis no atual sistema brasileiro, que alcançaria 175 milhões de combinações. A frota circulante atual no Mercosul gira em torno de 110 milhões de veículos. A Argentina já iniciou a adoção das novas placas e essa antecipação ocorreu exatamente em razão do esgotamento de combinações no sistema de placas já adotado no país.
No novo sistema, a categoria do veículo será indicada de acordo com a cor dos caracteres: preta, para veículos particulares; vermelha para os comerciais ou de auto-escola; cor azul, para veículos oficiais; verde para veículos em teste; cor dourada para veículos diplomáticos; e cor prateada, para veículos de coleção. O tamanho da placa é o mesmo que se utiliza no Brasil atualmente: 40 cm de comprimento por 13 cm de largura.
Itens especiais de segurança
No caso das placas brasileiras, haverá outros itens específicos: à esquerda, uma tira holográfica (similar às que são utilizadas em notas de R$ 50 e R$ 100, para coibir fraudes), ao lado de um código bidimensional com a identificação do fabricante, data de fabricação e número de série da placa. Também haverá à direita a bandeira e o brasão dos respectivos Estado e município de origem do veículo. Além disso, um filme na cor da categoria do veículo, contendo inscrições de segurança, revestirá a placa.
A partir da implantação dos novos modelos de placas, os critérios de fabricação do produto também mudarão no Brasil. Atualmente, qualquer empresa pode produzir as chamadas chapas semiacabadas. Cabe ao Departamento de Trânsito (Detran)- nos estados e no Distrito Federal- escolher o fornecedor de preferência para, só então, pintar, estampar e gravar os códigos alfanuméricos. A partir do ano que vem, apenas fabricantes previamente credenciados pelo Denatran serão autorizados a produzir as chapas.
O novo sistema de placas do Mercosul é semelhante ao que existe nos países da União Europeia e permitirá um controle mais rigoroso no transporte de passageiros e no transporte de cargas, bem como na circulação de veículos em geral. Também dificultará a clonagem, uma vez que haverá um banco de dados compartilhado entre os cinco países integrantes do bloco.
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